O MAMÃO MADURO E MAIS UM ANIVERSÁRIO DE ROLÂNDIA.
Hoje são 75 anos de emancipação política de Rolândia. Havia outras datas de aniversário de acordo com o começo de Rolândia, no meio do mato, e a construção do Hotel Rolândia em 1934. Rolândia, durante a 2ª Guerra, passou a ser chamada de Caviúna, lembrando uma madeira de lei.
Passou o ciclo do ouro verde e o título de Rainha do Café. Pela agricultura e o trabalho do pioneiro Herbert Bartz passamos a ser divulgados como o "Berço do Plantio Direto".
Politicamente tivemos prefeitos como o Primo Lepre que marcaram positivamente uma época. Mas política basicamente virou sinônimo de confusão em Rolândia. Também a prospera cooperativa COROL acabou fechando num clima de confusão.
Um regime de medo que sufoca o exercício da cidadania e a falta de identidade fazem Rolândia parecer uma terra de ninguém. O promissor Turismo parece a eterna ovelha negra sufocada por interesses externos, às vezes muito sérios, como foi o "negócio do chumbo" que traumatizou a cidade durante 4 anos. São as lições de vida de um Município jovem dentro de uma Democracia jovem. O Mundo passa por transformações aceleradas.
O consumismo, como escreve o professor Efraim Rodrigues da UEL, nos conecta ao desastre de Brumadinho. Nossos rios estão todos poluídos e também o Rio Tibagi, que deveria ser unicamente para abastecer uma população que cresce, já tem a sua barragem e deve receber mais algumas... A fome pela energia é enorme.
Desde os ar condicionados, necessários numa paisagem desértica, até o ensino, cada vez mais distante, fazem surgir uma realidade admirável e insustentável.
Que o nosso aniversário fosse um momento de reflexão, de lembrar dos ciclos, de movimentos como o "Renascimento" que se inspirou no belo de outros tempos.
Nosso belo pode ser encontrado na cultura indígena, um valente ambiente natural, na garra dos pioneiros, na persistência dos "artistas" e no presente de um MAMÃO MADURO.
Por Daniel Steidle